domingo, 2 de dezembro de 2012

Solidão, Escrever, Palavras...

                                                          


Eu nem ia escrever, mas escrever é exatamente o que me deixa melhor, me faz bem, é minha válvula de escape, é meu refúgio.
As palavras nem sempre são ditas do modo correto ou interpretadas do modo correto. Muitas vezes queremos dizer uma coisa mas as pessoas entendem outra e daí originam-se os mal entendidos, os conflitos e outros problemas.
Como já disse, sou melhor com palavras escritas e sou quase sempre mal interpretada com palavras faladas.
Melhor escrever mesmo e assumir meu título de antissocial, arrogante e solitária. Não sou arrogante, não tenho motivos para isso, mas se as pessoas sábias e donas da verdade acham isso...
Sou solitária por opção e isso não é crime, como querem crer os adeptos de ter milhões de amigos.
Meus bons amigos podem ser contados nos dedos de uma mão e isso me basta.
Uma leitora do meu blog, Maria Clara, uma pessoa amante de gatos e muito bacana, enviou-me um texto fantástico sobre solidão e o transcrevo a seguir...



Solidão e Solitude - OSHO

Nascemos sós, vivemos sós e morremos sós. A solitude é nossa verdadeira natureza, mas não estamos cientes dela. Por não estarmos cientes, permanecemos estranhos a nós mesmos e, em vez de vermos nossa solitude como uma imensa beleza e bem-aventurança, silêncio e paz, um estar à vontade com a existência, a interpretamos erroneamente como solidão.

A solidão é uma solitude mal interpretada. E uma vez interpretando mal sua solitude como solidão, todo o contexto muda. A solitude tem uma beleza e uma imponência, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, escura, melancólica.

A solidão é uma lacuna. Algo está faltando, algo é necessário para preenchê-la e nada jamais pode preenchê-la, porque, em primeiro lugar, ela é um mal entendido. À medida que você envelhece, a lacuna também fica maior. As pessoas têm tanto medo de ficarem consigo mesmas que fazem qualquer tipo de estupidez. Vi pessoas jogando baralho sozinhas, sem parceiros. Foram inventados jogos em que a mesma pessoa joga cartas dos dois lados.

Aqueles que conheceram a solitude dizem algo completamente diferente. Eles dizem que não existe nada mais belo, mais sereno, mais agradável do que estar só.

A pessoa comum insiste em tentar se esquecer de sua solidão, e o meditador começa a ficar mais e mais familiarizado com sua solitude. Ele deixou o mundo, foi para as cavernas, para as montanhas, para a floresta, apenas para ficar só. Ele deseja saber quem ele é. Na multidão é difícil; existem tantas perturbações... E aqueles que conheceram suas solitudes conheceram a maior das bem-aventuranças possíveis aos seres humanos, porque seu verdadeiro ser é bem-aventurado.

Após entrar em sintonia com sua solitude, você pode se relacionar. Então, seu relacionamento trará grandes alegrias a você, porque ele não acontecerá a partir do medo. Ao encontrar sua solitude, você pode criar, pode se envolver em tantas coisas quanto quiser, porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo. Agora, ele será a sua expressão, será a manifestação de tudo o que é seu potencial.

Porém, o básico é conhecer inteiramente sua solitude.

Assim, lembro a você, não confunda solitude com solidão. A solidão certamente é doentia; a solitude é perfeita saúde. Seu primeiro e mais fundamental passo em direção a encontrar o significado e o sentido da vida é entrar em sua solitude. Ela é seu templo, é onde vive seu Deus, e você não pode encontrar esse templo em nenhum outro lugar.

OSHO



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