domingo, 6 de maio de 2012

Veias

                                              


Fui ao laboratório para fazer exame de ressonância magnética.
Gosto de agendar esse tipo de exame aos domingos porque o trânsito é menos intenso.
Cheguei ao local, fiz a ficha e aguardei ser chamada.
Sou chamada e devo vestir uma roupa especial. Beleza.
Mas antes de realizar o exame é preciso puncionar (encontrar uma veia onde será administrado o contraste).
Não encontram a veia.
Decidem fazer a primeira parte do exame, que é sem contraste, e quando fosse o momento de fazer a segunda parte, aí sim procurariam minha veia para injetar o contraste.
A enfermeira que me acompanhava não consegue e chama um colega. De colega em colega termino com a enfermeira chefe tentando e não conseguindo e eu com oito picadas de agulha nos braços e nas mãos.
Fiquei dolorida fisicamente e emocionalmente também.
Chorei. Não pela dor física, à esta estou habituada, mas pela dor emocional. Senti-me reduzida, pequena, frustrada. 
Pode parecer uma coisa boba, mas não para mim.
É frustrante precisar ou querer fazer alguma coisa e não poder.
O exame de ressonância magnética será usado nas avaliações pós e pré operatória; explico.
Fiz cirurgia de correção de fístula liquórica e o médico precisa avaliar. Esse mesmo exame será enviado ao neurocirurgião do Instituto de Radiocirurgia Neurológica Gamma-Knife e ele avaliará se haverá necessidade de mais uma radiocicurgia.
A enfermeira chefe pediu que eu retornasse na próxima quinta-feira para realizar o exame; tomara Deus que dessa vez dê certo. Até lá acredito que as dores das picadas terão melhorado e minhas veias serão encontradas.
Amém.


                                            

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