segunda-feira, 21 de maio de 2012

Lembranças Musicais: Guilherme Arantes

                                      


Ouvi muito rádio quando criança.
Paipreto, Mãevelha, mamãe e papai sempre com seus fiéis radinhos de pilha a tocar boa música brasileira e algumas estrangeiras também.
Ouvíamos muito Zé Ramalho, Fagner, Elis Regina, Caymmi, Chico Buarque, Caetano, Gil, Bethania, Djavan, Alceu Valença, Luiz Gonzaga, Gonzaguinha, Alcione, Beth Carvalho, Luiz Melodia...
Ouvíamos também Roberto Carlos, quando fazia música romântica bonita de dor de corno, antes de ficar brega-neurótico. Na boa.
Gostava e ainda gosto de Guilherme Arantes e adorava ouvir Êxtase, Meu mundo e nada mais, Um dia um adeus, Cheia de charme. 
Eu gostava da melodia meio estranha, melancólica e espacial (sic) da música Êxtase. Tinha-se a impressão que a música vinha de longe, muito longe; de alguma galáxia distante e à medida que se aproximava da Terra ia aumentando, crescendo. Mamãe lavando roupas no tanque e Mãevelha estendendo no varal, o rádio tocando Êxtase, eu olhando para o céu e imaginando a viagem austral da música.
Depois de mais velha vim a entender a letra e gostei ainda mais; dessa e das outras músicas de Guilherme Arantes.
É isso.
PS: Acho que há vida fora da Terra e os ETs tentaram alguma forma de contato, mas desistiram após desconfiarem que todos os terráqueos são meio maluquetes, ou tentaram encontrar algum terráqueo normal. Difícil.


Aurora Austral
                                          

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