quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ilha

                                                 


Mandei hoje pelo motoboy os exames pedidos pelo neurocirurgião do Instituto de Radiocirurgia Neurológica Gamma-Knife.
Mandei cópia para o outro neurocirurgião e amanhã levo mais exames para o endocrinologista.
Bom...
Dormi mal essa noite, para variar. Demoro a pegar no sono, levanto, ligo a TV, desligo, leio, olho para minha gataiada encolhida com frio e pedindo para eu apagar as luzes e me deitar com eles. 
Tenho tido sonhos estranhos há tempos e até comemoro quando consigo dormir e ter sonhos simples.
Mas...
Estávamos em um ilha cinzenta e fria, não havia luz do sol; vejo uma sardinha machucada, dilacerada, mordida e com marcas de corte de faca. Ela se debatia e lutava por ar. Eu a pego e a coloco em um pequeno aquário com peixinhos coloridos. Eu sabia que a sardinha morreria devido aos ferimentos, mas que pelo menos ela pudesse respirar em paz; um sofrimento a menos.
Assim que coloco a sardinha no aquário surge uma mulher furiosa e me pergunta: "Por que você fez isso?! Quem mandou você mexer aqui?!". Eu tentei explicar, mas a mulher voltou-se para um casal de crianças pequenas que tentava fugir dela. Era um sobradão antigo e cheio de portas e janelas de madeira. Eu desci as escadas rapidamente e abri a porta para as crianças escaparem.
Corremos por uma trilha no meio do mato cinzento com essa mulher e outras pessoas atrás de nós. Atravessamos uma ponte e à medida que corríamos, o cinza ficava para trás e à nossa frente abria-se uma aconchegante luz azul.
Paramos de correr para observar o trabalho de várias pessoas a abrir covas, como em cemitério. Eram muitas covas, eram muitos homens vestidos dos pés à cabeça e trabalhando sob uma chuvinha fina. 
Paro em frente a uma cova alta e um homem tirava a terra com as mãos e descobria um gato branco; eu gritava dizendo que o gato estava vivo!
Entramos em um enorme salão onde há uma festa. Muito brilho, muita cor, muitos sorrisos. 
A mulher é a anfitriã e eu observo seu comportamento. Em um dado momento vejo sua pele clara se abrir e dar lugar a uma pele grossa e rugosa e grito para todos que ela é uma bruxa, mas estranhamente a mulher diz que não a julguem por sua aparência, ela não é má.
Acordei gritando para as crianças e as pessoas saírem dali e não acreditarem na mulher.
Se ela fosse mesmo boa, por que perseguia as crianças? Por que não gostou quando eu tentei ajudar a pobre sardinha machucada?
Sei lá.
Minha amiga Cleusa diz que eu tenho certos dons, Mãevelha dizia que eu tinha parte com São Francisco e São Lázaro por gostar dos bichos e um conhecido meu diz que eu tenho dom "bruxético".
Vai saber.
É isso.




São Francisco
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