terça-feira, 15 de maio de 2012

Frio

Chuva e frio em São Paulo
                                                  
Chuva e frio em São Paulo e no Sul do Brasil. Temperaturas abaixo de zero em cidades de Santa Catarina.
A gataiada fica toda encolhidinha e se aconchega da melhor maneira possível, só saem para comer e ir ao banheiro.
Levantei-me cedo, como sempre faço, completei minhas tarefas e deite-me no sofá para assistir ao jornal matinal; adormeci. 
Sou acordada por Aurora e volto para cama; o sofá é muito desconfortável e eu fico dolorida quando me levanto.
Adormeço novamente - dormir à prestação é minha especialidade - e tenho um sonho estranho: Minha irmã Rosi está na cozinha preparando tapiocas enquanto meu cunhado Pepê raspa cocos para acompanhar, minha sobrinha Beatriz está em meus braços e eu canto uma canção de ninar para ela. Dali a pouco chega minha irmã caçula, Renata.
Estamos todos na cozinha comendo tapiocas com coco fresco e eu comento com Rosi que as tapiocas dela estão bem redondinhas e grossinhas, se parecem com as que comemos em Alto da Sé de Olinda. Ela coloca um pote de sorvete sobre a mesa e meu irmão Naldão se apodera do pote e coloca quase todo o conteúdo em uma enorme tigela já cheia com tapioca e coco ralado; fica só um pouquinho de nada de sorvete no pote. 
Mostro o pote à Rosi e ela diz: "Não adianta, Rejane! Falar com o Naldão é perda de tempo, ele não se convence, não aceita e não quer ouvir!". 
Naldão nada dizia, nos olhava com olhos tristes e eu olhava para ele com aquela tigela enorme.
Eu comecei a comer uma tapioca, dei um mordida e parei para me dirigir até a janela da cozinha, acima da pia, onde minha irmã Rosi estava atarefada. Um grande lobo negro se aproximava e tentava entrar pela janela enquanto eu tentava fecha-la. Eu puxava as lâminas da janela e fechava de um lado mas abria do outro. O lobo ficou do lado de fora, não conseguiu entrar.
Saímos da cozinha e entramos em uma cozinha maior ainda, com uma pia enorme cheia de legumes, verduras, frutas e muitos alimentos cozidos; Naldão estava lá. Mamãe também. Eu ficava desesperada, queria que mamãe falasse com Naldão, que o fizesse entender que ele está se matando, está se devorando; ele devora a comida e a si próprio!
Se mamãe falasse com ele, talvez ele ouvisse e atendesse a seus pedidos. Mas mamãe ficou brava comigo e disse: "Seu irmão não tem jeito não".
Acordo com o barulho do caminhão que passa rápido e balança a casa. 
Acordo com a gataiada à minha volta, todos encolhidinhos, manhosos, dengosos, charmosos.
É isso.


                                     

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