terça-feira, 10 de abril de 2012

Banco & Salário

                                              


Meu rico salário de professora estadual é depositado no quinto dia útil de cada mês e não no dia cinco de cada mês! As pessoas confundem os numerais cardinais com os ordinais.
Fui ao banco, lugar que detesto ir de coração, para pagar minhas muitas contas. O salário de quem está de licença médica não é integral, mas nossas contas não vêm pela metade!
Não sei qual o parâmetro usado para calcular e definir o salário de quem está de licença médica, mas deveriam saber que as pessoas que estão de licença têm gastos iguais ou superiores a quem não está de licença.
Nossos gastos são aumentados com compras de remédios, estacionamento quando vamos ao consultório médico /ou ao laboratório para fazer exames etc...
Bom...
Como disse acima, detesto ir a bancos. Estão sempre cheios, filas enormes, de dez a quinze terminais de caixa mas só dois ou três atendendo/funcionando e aqueles tiozinhos folgados que aproveitam a fila especial para pagar inúmeras e infindáveis contas/documentos/papeladas. Se esses aposentados trabalham normalmente, então têm saúde para encarar a fila de clientes comuns!
Levam pastas lotadas e tiram um a um o documento a ser pago, depois conferem a papelada, conferem o troco e conferem nossa paciência.
Outros folgados, e não só em bancos, são aquelas pessoas que ignoram a fila e vão ao caixa só para perguntar uma "coisinha rapidinha"; acabam "esquecendo" que tem gente há muito mais tempo na fila e resolvem seus problemas ali mesmo, na maior cara de pau!
Os comerciais de bancos são maravilhosos: clientes felizes, gerentes e funcionários simpáticos e educados, tá. E nas novelas então? A personagem está com um problemão financeiro para resolver e alguém tem a brilhante ideia de falar sobre o banco; a doce e inocente personagem vai ao banco, é atendida com sorrisos e muita simpatia pelo gerente e basta uma conversinha de dois minutos e tudo está resolvido e sem burocracia nenhuma! 
Não é lindo isso? Pena que seja só na novela. Mas se eu fosse rica será que o atendimento seria diferenciado? Tenho quase certeza que sim e é por isso que eu digo: Queria ser pobre só uma vez na vida porque todo dia é dose!
Se eu fosse famosidade eu não faria comercial de bancos; é muita ilusão de óptica (sim, óptica = visão; ótica = ouvido... e o povo continua a matar lentamente a pobre língua portuguesa).
Nos comerciais de banco todo mundo é lindo, feliz e muito bem atendido, mas passa umas duas horinhas básicas na fila do Itaú e do Bradesco pra tu ver a simpatia e a alegria! Isso sem contar o desrespeito daqueles que estacionam nas vagas especiais de idoso e deficiente físico. 
Estou sem paciência hoje. Pouco salário, muita conta, muito desrespeito.
Amanhã é outro dia, mas as filas são as mesmas.

                                           

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