sexta-feira, 6 de abril de 2012

Joana Aparecida da Silva

                                               


Joana era uma gata amiga de nosso gato Johnny.
Joana tinha o pelo colorido: preto, branco e laranja. Dizem os entendidos que todos os gatos de três cores são sempre fêmeas. 
Havíamos nos mudado há pouco tempo para a nova casa e Johnny foi o único gato que nos acompanhou. Michele (leia-se Miquele, por favor) havia falecido e Andretti decidiu continuar morando no mesmo quintal onde havíamos morado; havia outras casas e outros moradores e por isso ele recusou-se a se mudar conosco.
Sempre ouvíamos um diálogo felino em cima do telhado da nova casa: eram Johnny e Joana.
Johnny descia as escadas, parava por um momento e miava para Joana segui-lo.
Joana era arisca, desconfiada e tinha medo daquele bando de humanos que morava naquela casa, mas Johnny sempre a assegurava de que éramos pessoas legais.
Em pouco tempo Johnny convenceu Joana a entrar em nossa casa e assim conquistamos sua amizade e confiança.
Pensamos em um nome para a nossa nova aquisição felina e eu, como sempre, surgi com o criativo nome de Joana Aparecida da Silva.
Joana viveu muitos anos conosco e teve muitas crias a quem batizamos com os mais criativos nomes: Julia Roberts da Silva, João, Maria Aparecida e Aparecida Maria.
Uma de suas últimas crias foi um gatinho muito danado que sempre assustava mamãe com seus pequenos ataques surpresa, o Febinho.
Mamãe estava deitada e o gatinho pulou em cima dela e com o susto ela quis chamá-lo de "Seu gato febre do rato!", mas na hora só conseguiu dizer "Seu Febinho!". E Febinho ficou.
Mamãe reclamava que Febinho era muito danado, a seguia pela casa, arranhava suas pernas... Mamãe parava para falar com o gatinho: "Por que você não igual à sua mãe? Joana é uma gata muito educada, uma ótima mãe de família. Mas bem que meu velho pai dizia que a mãe pare o filho mas não pare seu destino".
Febinho olhava para mamãe sem nada entender e Joana, atenta a tudo, chamava o ativo filhote para uma longa conversa felina.
Joana ficou doente após sua última cria e partiu ao encontro de Maximino.


                                             

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