segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Árvore de Natal

                                 


Não conhecíamos árvore de Natal. 
Durante as festas de fim de ano presenciava a correria de mamãe, Mãevelha e a mulherada da família a preparar a comida que seria servida na ceia. 
Matavam perus, galinhas, bodes, bois; cozinhavam milho, jerimum, macaxeira e a nossa mesa era farta, graças a Deus.
Eu não comia os animais mortos para a festa natalina, eu tinha dó deles.
Quando a seca assolava nosso Sertão nossa ceia natalina era mais simples, mas a fé, força e coragem nunca nos faltou.
Viemos para São Paulo em março de 1973, eu tinha acabado de completar seis anos. Conheci e me encantei com os ovos de Páscoa e quando o Natal se aproximava, via as casas decoradas com pinheiros naturais ou árvores artificiais.Tudo muito colorido, muito bonito.
Não tínhamos árvore de Natal e um dia Tio Nelson, primo de mamãe, chega com um pacote e entrega a ela. Era uma árvore de Natal e tinha os galhos em papel prateado e flores lilás; era tão bonita.
Mamãe montou a árvore e depois compramos alguns enfeites. Os "primos" trabalhavam na empresa que fazia luzes coloridas e nos trouxeram algumas.
Foi nosso primeiro Natal em São Paulo com nossa primeira árvore de Natal.
Foi mágico.
É isso.

                              

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