sábado, 10 de novembro de 2012

Eucaliptos

                                   

Subia pela Rua Tuiuti e paro em frente ao Parque do Piqueri enquanto aguardo o farol abrir. Chovia.
Observo o balançar das árvores ao caprichos dos ventos, observo o movimento, a dança, a graça e a beleza das árvores.
Lembro do cheiro dos eucaliptos molhados pela chuva e era um cheiro encantador. Não tenho mais capacidade olfativa, mas às vezes sinto a sensação do cheiro; acredito que as informações olfativas ficaram registradas na memória e por isso posso sentir essas sensações cheirosas.
Meio estranho, mas é verdade.
Lembro de nossa chegada a São Paulo em março de 1973 e me marcou a imagem dos eucaliptos dançando ao sabor dos ventos na beira da Via Dutra.
São coisas aparentemente tolas, mas que para mim marcaram muito e são bastante significativas.
Significa uma época de inocência, descoberta e encantamento.
Uma época sem Acromegalia, sem hipertensão, artrose, diabetes, osso deformados, juntas doloridas e o cacete.
É isso.

                             

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