quarta-feira, 14 de março de 2012

Entendimento

                                                


Tive um ótimo professor de Sociologia e participei de uma palestra sua onde ele falava sobre diferenças, tolerâncias, convivências etc...
Tentávamos entender o porquê de algumas guerras e conflitos políticos-religiosos que se arrastam a séculos e séculos e o nobre professor disse: "Tudo o que é estranho e diferente nos assusta. Atacamos aquilo que não conhecemos por simples medo. Em vez de tentarmos conhecer e compreender nós tememos e atacamos"
Fiquei com isso na cabeça.
E não são apenas conflitos sociais, políticos ou religiosos; são conflitos interpessoais também. Bom, mas as guerras, conflitos, política e religião são perpetrados por quem? Por pessoas, né não?!
Mas fora do contexto geopolítico, temos conflitos nas relações humanas mais próximas: a família. Minha Nossa Senhora!
As pessoas parecem que gostam de complicar, implicar, interpretar erroneamente o que foi dito ou escrito. 
Mas será que complicam porque não querem se dar ao trabalho de pensar antes de falar? E falar qualquer asneira!
Os nossos problemas são sempre mais graves e mais sérios que o dos outros e isso automaticamente nos dá o direito equivocado de nos sentirmos e sermos vítimas de um mundo cruel povoado por pessoas cruéis. Oh dó!
E se parássemos para pensar e rever nossas falhas, nossos erros, nosso pensar? Que tal?
Não, não... É melhor culpar os outros e o mundo por nossas burradas e escolhas na vida, por nossas fraquezas e incompetências, por nossa incapacidade de admitir que estamos errados e deveríamos, pelo menos em alguns momentos, falar menos e ouvir mais. 
Mas o problema é que não deixamos o outro falar e despejamos nossas ladainhas e lamúrias cheias de verdade e razão. 
O outro, sempre o outro que é o errado e nós sempre as pobres vítimas da Sociedade, da família, da educação e criação que tivemos.
Mas é fácil cruzar os braços, não tomar atitude nenhuma, esperar que o mundo resolva nossos problemas e culpá-lo por isso.
E será sempre assim, esse ciclo vicioso de repetições, erros, arrogância, cegueira e intolerância até que um dia nós mesmos permitamos que o outro tenha voz.
Pessoas que vivem presas à essa cegueira de consciência lembram muito as pessoas que viviam na sombra na "Alegoria da Caverna" de Platão; temem aquilo que não conhecem.
A luz da verdade e da consciência incomoda e é melhor, para essas sombras, viverem no conforto e no comodismo da escuridão.
Parafraseando o E.T. Bilú: "Busquem conhecimento".
E entendimento também.


                                              

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