terça-feira, 20 de novembro de 2012

Animais

                               

Tenho vizinhos educados, tanto moradores das casas da rua quanto os funcionários das empresas e transportadoras que disputam o espaço e atormentam a paz da vizinhança.
Os educados comem bolachas, doces, tomam refrigerantes e simplesmente jogam na calçada as embalagens vazias. Gentalha, gentalha!
O vento se encarrega de espalhar a sujeira e a depositar em minha calçada. Isso sem contar que os educados de plantão colocam o lixo na rua depois que o caminhão do lixo passa ou em dias que ele não passa, fica aquela lambança.
Falei com os vizinhos para não fazer mais isso e como sempre, ouvi o "Eu não!". Todo mundo é inocente até que se prove o contrário, In dubio pro reo.
Varria, lavava, limpava e a vizinha vem fora e puxa conversa. Falamos sobre o barulho dos caminhões, a poeira, baratas etc e tal.
Meus gatos estavam próximos e andavam tranquilamente pra lá e pra cá, mas sempre sob minha cuidadosa vigilância, quando a vizinha diz: "Eu já matei muito gato, muito cachorro. Eu não gostava de bicho não, mas agora parei de fazer isso por causa do meu filho".
Essa pessoa muito humana tem Jesus no coração.
Eu disse: "Mas você nem ninguém têm o direito de matar um bicho só porque não gosta dele. Existem leis que punem o abandono ou a violência contra animais; vai de um a quatro anos de reclusão. Cadeia!"
A vizinha ficou sem graça e disse: "Mas eu não mato mais não e se por acaso algum gato seu aparecer morto, não vá pensar que foi eu não, viu?"
"Sim, lembre-se: Decreto Federal, de um a quatro anos de reclusão. Cadeia!"
"Tá certo, vizinha. Vou entrar que está na hora do banho do bebê"
Continuei a limpar minha calçada tranquilamente.


                               

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