quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Comerciais

                                            
Gosto de observar e analisar os comerciais de televisão para depois comentá-los com minhas irmãs.
O talento brasileiro não deixa nada a dever aos talentos estrangeiros, mas tem um povo meio sem noção. 
O povo forma-se em Propaganda, Publicidade e Marketing e cria cada coisa estranha e ainda é pago por isso e pra isso!
Um dos comerciais que amo odiar é o de uma marca de achocolatado no qual duas vacas, (ou seriam bois?) cantam e dançam ou então dizem a "verdade".
E a marca do achocolatado pagou por isso!.
Outro que também amo odiar é o de uma marca de goma de mascar onde o casalzinho de namorados encontra a ex do rapaz e esta se transforma numa criatura gigante. O pior é a atual namorada dizer que a ex é uma "fofa". 
Não gosto dos comerciais de cerveja. A maioria deles abusa da imagem de mulheres seminuas fazendo caras e bocas sensuais. Outros ainda conseguem piorar o que já é ruim e colocam uns "Zé Ruelas, Manés" hipnotizados por... advinha?
A impressão que se dá, pelo menos para mim, é que comerciais de cerveja são direcionados apenas para homens e lésbicas, como se mulheres hétero e homens gays não tomassem cerveja!
Há uma tênue linha separando sensualidade de vulgaridade. Mas algumas pessoas não se dão conta disso.
Comerciais de banco também me irritam pela facilidade de seus serviços e a simpatia de seus gerentes. Não é bem assim na vida real; fica mais de uma hora na fila pra você ver gente abusada se aproveitar do caixa preferencial, tiozinhos aposentados com envelopes lotados de papéis e contas a pagar, velhinhas frágeis que se atrapalham com os dígitos de suas senhas e ficam um tempão tentando fazer um saque ou pagar uma simples conta.
Bancos com vinte terminais de caixas mas só dois ou três funcionários para atender o povão na fila. O brasileiro parece adorar uma fila, né não?
Detesto o falso moralismo também. Houve um comercial muito bacana das sandálias Havaianas no qual a avó fala sobre sexo com a neta. Os puritanos de plantão reclamaram do comercial, mas não reclamam quando há mulheres siliconadas mostrando a única coisa que têm para mostrar: seus atributos físicos turbinados no bisturi.
Mas há comerciais muito bacanas.
Gosto principalmente de comerciais de carros.
Ri muito com o comercial do Renault Duster ao ver homens chorando por já terem comprado outro carro.
O falso moralismo também atingiu um comercial de carros e nesse caso foi o Nissan Frontier, o dos "Pôneis Malditos". O problema aqui foi o de associar figuras infantis -pôneis- com a palavra "maldita". 
Associar mulher seminua com a palavra "gostosa", pode.
Um comercial que me encantou foi quando do lançamento do carro Fiat Linea.
O rapaz dirige o carro e a voz do GPS (Global Position System - Sistema de Posicionamento Global) diz para ele entrar em uma rua, mas ele segue o sentido contrário só para alcançar uma moça vestida com roupas simples, cabelos presos no alto da cabeça e que caminha tranquilamente segurando um livro. 
Achei esse comercial lindo e respeitoso para com as mulheres. Romântico também.
A moça não estava rebolando, não fazia caras e bocas e estava vestida!
Acho que não precisa apelar para mostrar ou vender um produto; bom gosto, elegância e respeito valorizam muito mais o produto.
Na minha humilde opinião de consumidora de bens, produtos e serviços.


                                        

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem comentários, adoro saber o que pensam sobre o blog. Obrigada ;-)