quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mato

                                             


Acabei de falar sobre nossa aventura em Gravatá, mas a história se divide em antes e depois.
Papai, claro, é personagem principal dessa história.
Foi assim: Antes de nos separarmos do grupo de mamãe e nos perdermos na cidade, houve alguns acontecimentos insólitos envolvendo papai, obviamente.
Tomamos caldo de cana em um botequinho de beira de estrada e de lá prosseguimos com nossas andanças. 
Papai fica nervoso por não acharmos o caminho de volta e diz: "Acho que quero c..."
"P.Q.P. pai! Mas tem que ser agora? Não dá para segurar até chegarmos em casa?"
"Dá não. Aquele caldo de cana me ofendeu-me. Meu istambo é fraco e quando eu fico néivoso  me dá vontade de c...".
"E onde é que vamos achar um banheiro num lugar desse e a uma hora dessa?"
"Carece de banheiro não. Eu c...ali no mato mesmo".
Papai embrenha-se no mato de um terreno baldio, agacha-se e ali faz suas necessidades. O mato alto lhe dá cobertura, sendo possível apenas ver a sua cabeça branca.
Papai termina o serviço e vem em nossa direção para continuarmos nossa caminhada.
Marcos e Demétrius perguntam: "Você limpou a bunda, vô?"
Chegamos em casa de Lia, nossa anfitriã e estão todos preocupadíssimos conosco e querem saber o motivo de tanta demora; Demétrius explica e pergunta ao mesmo tempo "Sabia que meu vô c...no mato?"
De Gravatá vamos às montanhas da região onde nasci, Cumaru, e depois vamos a Bezerros, Buíque e voltamos a Recife e em todos os lugares Demétrius fala para as pessoas: "Sabia que meu vô c...no mato?"
                         
                                             


                                        

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