sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Acromegalia: O Mágico de Oz & Wolverine





Voltei ao ortopedista hoje. Semana que vem verei a cardiologista, endocrinologista e o neurocirurgião. Só me falta ver o pediatra, o geriatra e, de repente, um veterinário.
Pelo amor de Deus!
A Acromegalia é uma doença "mineirinha"; trabalha em silêncio. Não contenta-se em ficar alojada em um tumor na hipófise; tem que afetar e estragar outras áreas e partes do corpo também.
Quando a doença está no início não é possível sentir sua manifestação e sofrer seus  estragos; o processo é lento e após uns dez anos aproximadamente é que será possível notar mudanças no corpo e rosto dos pacientes.
No meu caso, os primeiros sintomas foram a dificuldade em calçar os pés em sapatos que antes serviam, o ganho de peso e a hipertensão. Eu tinha trinta anos quando tudo começou.
Depois dos estragos externos (crescimento dos pés, mão e face) lido agora com problemas internos: hipertensão de difícil controle, dores de cabeça, dores nas articulações (juntas) e até um coração grande. Literalmente.
A bola da vez - ou seria melhor a junta ou o osso da vez? -  é meu joelho direito que continua inchado e dolorido e a dor espalhou-se pela perna inteira. Além da dor tem um peso que dificulta o caminhar.
Faço exames de imagem (Raio X) e o médico desconfia que seja artrose. Vou passar por uma ressonância magnética para ter diagnóstico exato e a partir daí iniciar tratamento mais radical; nas palavras do médico.
Pergunto o que é/será esse tratamento radical e ele me diz: "Anestesio seu joelho e aplico óleo lubrificante".
Tá. 
Sai de lá me sentindo um carro velho, ou o "Lata Velha" do Luciano Huck.
Ligo para minha irmã, a bela mãe da minha belíssima sobrinha Beatriz e ela me vem com essa gracinha: "Desculpa aí, colega, mas me lembrou o Homem de Lata do filme O Mágico de Oz. Eu tenho o filme, se quiser te empresto".
Pedro, meu cunhado favorito e picareta (no bom sentido) vem ao telefone e começa a me fazer rir (sacanear mesmo).
Amanhã terá bingo na casa de minha irmã e já vou preparada para as piadinhas engraçadinhas. Beleza. O importante é rir e seguir em frente. Vai ser um pouco difícil com esse joelho futuramente lubrificado, mas o importante é: "Retroceder nunca, render-se jamais". Grande Jean-Claude Van Damme. Um talento! Só perde para Schwarzenegger e Stallone.
Mas o que será um oleozinho básico para quem tem quase duas dúzias de parafusos de titânio segurando os ossinhos da coluna?
E claro que isso também foi e é motivo de tiradas engraçadas do meu cunhado favorito, o Pepê Mendonça, que me chama às vezes de Wolverine.


                                   







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