quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fantasma

Já contei aqui "causos" do meu irmão Fubá. 
São todos "venéricos" (verídicos), apesar de parecerem piada.
A minha família é grande e por isso mesmo é propensa a causos, proezas, fatos verídicos ou venéricos.
Agora é vez de um causo com meu irmão Naldão, aquele de saúde perfeita e português também. "Si ferrei".




                                                    


Fantasma.


Morávamos em uma casa grande de muitos cômodos.
Naldão encontrava-se sozinho naquela imensidão e solidão do lar.
Muito corajoso, assustava-se com todo e qualquer pequeno ruído.
Resolve ir de cômodo em cômodo para descobrir a origem de tais ruídos.
Num móvel da cozinha havia um rádio relógio que quando programado ligava automaticamente. Nós o programávamos para nos acordar de manhã cedo para não perdermos a hora do trabalho.
Algumas vezes, porém, o rádio cismava de ligar sozinho e isso era considerado atividade paranormal para o meu corajoso irmão.
Naldão sai da cozinha e vai em direção à sala quando escuta uma voz atrás dele. Era o rádio que tinha ligado sozinho. Mas meu irmão pensou que um fantasma havia ligado o aparelho.
Naldão para, olha para o rádio e na sua mais pura atuação de uma personagem de Shakespeare, diz: "Se você é um fantasma, faça-me voar!".
O rádio continua ligado. O fantasma não atende ao pedido de Naldão.
Logo em seguida chegam papai, mamãe e Rogério. Naldão relata o acontecido e Rogério sempre cínico diz: "Naldão, me perdoe. Mas para o fantasma te fazer voar só se for de guindaste. Com esse peso, meu filho, não tem fantasma que aguente!".


Fantasma Bibi
                                                 


                                        



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