sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Paradoxo

                                                       


É o oposto do que alguém acredita ser a verdade.
Moro num bairro invadido/tomado por caminhões e transportadoras e é fácil imaginar a dificuldade que temos para estacionar, manobrar e dirigir pelas ruas.
Alguns anos atrás as transportadoras se concentravam em determinadas ruas e locais do bairro, mas agora espalharam-se geral.
Além da ocupação das ruas, barulho e poluição, os caminhões pesados abalam as estruturas das casas quando passam em alta velocidade. A casa treme, literalmente. Dias desses comentei com a vizinha e ela me disse o mesmo. Então não sou a única a sentir a vibração. Uhu!
Até mesmo na região nobre do bairro há transportadoras com prédios minúsculos onde são enfiadas carretas gigantes. Os motoristas desses veículos mereciam um prêmio!
Não sou contra os caminhões e transportadoras; tenho até muito respeito por eles, mas acho que deveria haver um local onde concentrasse todos. Tem o terminal de cargas Fernão Dias, mas já está lotado e por isso as empresas de transportes espalham-se pelos bairros adjacentes.
Outro problema é a crescente verticalização da cidade. A região onde moro era um local de chácaras e casinhas simples na parte baixa e de casonas bonitas na parte alta. Hoje há cada vez menos casas que são derrubadas para dar lugar a prédios e/ou transportadoras.
Meu bairro permite fácil acesso às marginais e principais rodovias e esses são motivos atraentes para empresas de transporte de mercadoria e serviços.
Paradoxalmente, com tantas empresas, falta ao bairro outros tipos de comércio; faltam lojas de calçados, roupas, restaurantes, lojas de "um real" e outras. Temos muitas padarias e lojas de material de construção, mas falta ainda muita coisa.
Acredito que com o crescente número de prédios de apartamentos haverá uma melhoria no bairro e isso atrairá lojistas e comerciantes. Fico imaginando também o fluxo de carros que aumentará bastante quando esses prédios receberem seus moradores. Serão carros dos próprios moradores e dos visitantes. 
Como dizia Mãevelha: "Dou por vista. Dou por derradeiro". 
E voltando a falar dos caminhões e caminhoneiros...Deveria, na minha opinião, concentrar as transportadoras em um único local para facilitar a vida desses trabalhadores. Um lugar com infraestrutura, que oferecesse banheiros limpos, cozinhas, área de lazer e facilidades que melhorassem a vida dessas pessoas.
Mas o consumismo desenfreado somado à ganância e à cegueira de consciência não permitem nada que atrapalhe o ganhar, o fazer dinheiro. 
A vida, ou a qualidade desta, fica relegada a segundo plano.
Paradoxal.







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