domingo, 29 de janeiro de 2012

Domingo

Recife, a Veneza Brasileira
                                              


Nunca gostei dos dias de domingo.
Não sei dizer exatamente porquê. 
Relaciono o dia de domingo à tristeza, solidão, volta à rotina, sei lá.
Mas até que fez um dia bonito hoje; a chuva parou e o sol apareceu.
Li, coloquei roupas na máquina e dei uma geral na casa. Não consegui estender as roupas porque Aurora e Branca decidiram tirar um soneca em cima da máquina de lavar e eu não quis tirá-las de lá e nem atrapalhar o soninho delas.
Se mamãe estivesse aqui, diria: "Não sei quem é mais sem vergonha, você ou esses gatos".
Arrumei minhas plantinhas também; estão lindas e resistem bravamente aos ataques da gataiada.
Ouvi músicas dos aparelhos de som dos vizinhos. Ouvi pérolas que fazem sucesso fácil e depois alguém teve a feliz ideia de ligar na rádio que toca MPB (música popular brasileira), graças a Deus.
Ouvi músicas que nem me lembrava mais, mas que gosto muito e que estiveram presentes em alguns momentos da vida.
Engraçado, eu achava que era coisa de novela, mas a música marca sim um momento, uma situação, um acontecimento em nossas vidas.
Ouvi Chão de Giz de Zé Ramalho e me lembrei do passeio de catamarã que fiz em Recife. Na verdade, ouvi a música na voz de Elba Ramalho enquanto a embarcação deslizava pelas águas dos rios Beberibe e Capibaribe em Recife, Pernambuco.
Ouvi Vem ficar comigo de Elba Ramalho que também trouxe lembranças, memórias e recordações.
Legal.
Hoje os vizinhos capricharam. Claro, que primeiro ouviram as porquêras deles e depois mudaram para algo melhor. Acho que foi reflexo de ontem; explico. Não tenho aparelho de som, mas tenho canais de música e liguei em um deles para ver se o distinto vizinho se tocava e abaixava o som dele. Estava alto demais, Nossa Senhora! E isso incomoda a qualquer um, ainda mais para quem já está com dor de cabeça.
Coloquei em um canal que toca Rock/Heavy Metal e aumentei o som. 
Bingo!
A música deles parou e desliguei a minha.
Nada como o precioso som do silêncio.

                                                

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